Espera

Espera

Impaciência extrema
batida com os dedos
na mesa prostrada
numa indisposição temporal.

A espera
eterniza o tempo,
o ponteiro avança
à medida que a areia cai
da ampulheta vítrea.

Os encontros esperados
ansiosos por uma cara conhecida
lágrimas derramadas
a conta-gotas.

Enfim,
a espera sucumbe
as mãos estendem-se
em sinal de harmonia...

Sorrisos livres nos lábios
de cada um,
de cada qual,
contagiam os demais
o sol irradia
a alegria sentida
na espera desse momento
inesquecível.

Abandonado o lugar
a contagem decrescente
recomeça a contar
no relógio da vida.

Aguardamos,
a próxima espera,
com impaciência extrema.

Oliveira, 13h10m de 6 de dezembro 2017
Zorb@ o Grego

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