Anjo da Guarda

Anjo da Guarda

Na alva parede
juncada de pregos
sobreviveste ao Inferno
de labaredas soltas.

Negro de fuligem
atalaias as vidas
suspensas num choro
contido em surdina.

Irradias esperança
manténs firme a tua guarda
aos solitários sem proteção
neste inferno doloroso.

Avistado por um olhar
perspicaz do voluntário
simulas um piscar de olho
atrevido de perseverança.

Todos evocam a tua
condição divina
nestes dias funestos
carregando um pouco
o anjo da guarda
no exasperar do infortúnio.

Castanheira, 13h04m, 13 agosto de 2017
Zorb@ o Grego

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