Gestos

Gestos

Poucas palavras ocas
gestos sincopados
entendíveis aos olhos fechados,
ao essencial.

Saborear as vitórias
os pequenos passos
iludir o nosso desespero
todas as manhãs de névoa.

Avançar mesmo aos tropeções
sabendo da queda iminente
num absurdo cruel dos dias
sorrindo à desdita.

Um gesto pode ser tudo
ou um nada carregado de desprezo.
Ignorar um rosto iluminado
mata a esperança esperançada.

Carregar os outros de luz
sacode a nossa escuridão
derrota o sentido único
multiplica as saídas do nosso beco.

Campo,11h03m, 3 de julho 2017
Zorb@ o Grego


Comentários

Visualizações