Uma gaivota voava...

Uma gaivota voava

Chilreios de felicidade genuína,
rasgam a cortina de silêncio.
Envoltos nas suas acrobacias
desenham obras de arte no céu.

Desfeitas na primeira aragem,
as asas aladas roubadas por Ícaro
suspendem os voos bailados
para mergulhar a pique no vazio.
Sem rede ...

Aventuram-se em voos picados
rasantes aos perigos dos dias
golpes de asa num mundo virado
de cabeça para baixo.

Flutuam contra o vento,
voam a favor do vento...

Regressam depois da partida
partem depois de nova chegada
saltitam entre muros e gaiolas
escancaradas de liberdade.

Acredito no voo livre dos pássaros,
num soltar amarras,
Almejando um mundo sem algemas.

Viseu,15h52m, 15 de junho de 2017
Zorb@ o Grego

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