Carícias

 
 
Carícias


Com carícias intensas
na ponta dos dedos
às cegas vais lendo
os sulcos do amor
num rosto fechado.

Acaricias sem pressa...
Olhares demorados,
silêncios tensos
trespassados de cumplicidades.

Guardas cada suspiro
na tua caixa de Pandora.
Mistérios vedados aos mortais
enclausurados no seu egoísmo.

Desinibidos sacudimos receios
ignoramos tensões,
desafiamos as convenções,
mutilamos as proibições...

Simplesmente envoltos de inocência
cedemos aos impulsos carnais
beijos trocados,
anatomias tocadas
libertamos os gemidos sustenidos
numa certa tarde imoral.

Campo, 19h12m, 2 de abril de 2017
Zorb@ o Grego








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